Nós temos hoje duas cachorras lindas, Lisa e Ive.

Lisa é uma Golden Retriever e está com 10 anos de idade, é uma cachorra extremamente amorosa, não existe mais amor em um ser no mundo do que na Lisa. Ela é fantástica! Além de lindíssima tem um comportamento invejável, foi campeã panamericana de pista em 2009, vem de uma linhagem campeã, era uma cachorra fadada a viver em caixa de transporte e ser matriz até morrer, foi posta pra adoção pela primeira vez por ter complicações em sua primeira ninhada e ter que tirar o útero além de quase ter morrido. Depois disso foi adotada por um rapaz que a colocou novamente para adoção porque não tinha tempo de cuidar dela, voltou a ONG com 23Kgs, pele e osso considerando o porte dela. A adotamos na ONG Miados e Latidos há 7 anos, na época minha irmã que é fundadora da ONG me ligou, estava eu e a Ju no carro e ela disse: “Donna, preciso doar a Lisa de novo, mas não posso errar de novo com ela, essa cachorra não merece mais um erro. Você tem alguém pra indicar? Mas tem que ser alguém que nunca mais vá devolver ela.” eu olhei pra Ju e me lembrei da mãe de um amigo nosso e disse pra Bola que iria confirmar com nosso amigo e ligava pra ela de volta, desliguei o telefone e em questão de 1 minuto eu a e Ju nos olhamos e falamos: “As únicas pessoas que é garantido que nunca mais vai devolver a Lisa, somos nós.”, liguei pra Bola e informamos que ficaríamos com a Lisa, só precisaríamos adaptar um pouco a vida porque morávamos num AP que era dividido com mais 2 meninas, mas isso era só uma questão mesmo de adaptação, nós ficaríamos com ela, pra vida toda. Logo na sequência, dois meses depois da sua chegada levei ela pra uma seleção de cães terapeutas, hoje dirigido pelo pessoal do Instituto cão terapeuta, pessoas fantásticas quais tenho a sorte de ainda ter contato e um enorme carinho. Ela amava ir as visitas, fazia sua parte como quem soubesse que estava ali pra se doar, aquele momento não era dela, era deles e ela era só um instrumento, esta era minha visão sobre o comportamento dela nas visitas. Descobrimos um problema na coluna em meados de 2015 e foi por ai que ela se aposentou do projeto. Agora desfruta sua vida de aposentada e sendo a mais velha da casa, faz o que quer, come o que quer, a hora que quer e ela merece.
Ive é uma boxer e está com 6 anos, a adotamos com 3 meses, é demodécica. Também adotada na ONG Miados e Latidos. Eu sou vidrada em Pit Bull e sonho em ter novamente um, este era meu objetivo. Nesta época já morávamos em Jundiaí, numa chácara grande cedida pelos meus sogros. Minha irmã foi nos visitar e disse que tinha uma boxer para adoção, filhote, largada porque o canil não vendia cachorros da cor dela, então estava de lado, mal comia, etc… Olhei a Ju e bingo, ficaremos com ela. Estávamos na época com a Zélia (SRD linda, já idosinha) e a Lisa (que seria fácil ser levada ali). A bichinha chegou com 9Kgs, cabia no colo com o braço dobrado. Entre seus 4 a 12 meses passou por um tratamento intenso para combater a doença, injeções semanais, suplementos, banhos com shampoo próprio para demodécica, e o resultado foi um bicho que hoje tem 35Kgs de puro músculo. Mesmo forte assim é um amor, foi criada pela Lisa e Zélia, é uma boa mistura de comportamento, é um amor e um doce ao mesmo tempo geniosa e bruta. Sempre que recebemos crianças em casa a Ive se torna uma pluma, os movimentos são delicados, ela tem cuidado quando anda pra não derrubar, late fino, é muito engraçado!
Estou contando tudo isso sobre elas porque logo que fizemos a inseminação notamos uma mudança de comportamento nas duas. A Lisa evita veementemente a Ju, antes ela não fazia distinção entre eu e a Ju, mas agora ela prefere de forma discrepante a mim, ela deita de costas pra Ju, evita o máximo que pode, mas não ignora quando a Ju insiste em lhe chamar. Já a Ive tem sido uma lady, super delicada em tudo quando a Ju está por perto, só não latiu fino ainda, mas não falta muito.
Dividir este momento com elas tem sido ótimo, temos certeza que todas nós viveremos da melhor maneira todos estes momentos que vem pela frente e o que mais queremos é que elas estejam sempre aqui, bem perto. Pois, não separaremos nossas meninas das nossas crias.